segunda-feira, 22 de março de 2010

O MANIFESTO NEW WILDS




nós
selvagens inocentes
invadimos as cidades
com irreverência e niilismo
nosso slogan é:"viver & deixar viver"

nós
selvagens inocentes
vestimo-nos de azul marinho
verde-musgo e outras cores
como o lilás e o rôxo
o preto e o prateado
os garotos geralmente
tingem os cabelos de preto azuladoas
garotas de ruivo castanho ou preto
ambos usamos piercings
e brincos em forma de cruz
e ainda calçamos botas negras

nós
selvagens inocentes
ouvimos lovesongs
ou baladas retratando o caos cotidiano
cultuamos estilos desde o rockabilly
ao jazz dito tradicional
da ópera à bossa-nova
adotamos a canção "born to be wild"
da sessentista banda "steppenwolf"
como o hino de toda as épocas

nós
selvagens inocentes
somos amantes da literatura
jogo de xadrez
tve
internet
apreciamos vinho e shoppvinho
somos anti-drogas
veneramos os dias nublados
o pôr do sol
e sobretudo as noites

nós
selvagens inocentes
não discriminamos etnias
nacionalidades
faixa etária
nem sexualidades
somos apolíticos
e livre-pensadores
somos misto de arcaico & pós-moderno
somos enfim pela diversidade

nós
selvagens inocentes
surgimos em fortalezacity(brazil)
em agosto de 2002
tendo como ideólogo e precursor
o poeta-fanzineiro-enxadrista
e fã da banda britânica
de punk-gótico:decay
seu nome familiar é:lucas
mais conhecido por "lordissao"

nós
selvagens inocentes
adultos somos "lords"(masculino)
e "ladies"(feminino)
inspiramos-nos em pensadores do porte de:
-jean jaques rousseau
-f. nietzsch
-m. hidegger
-jean-paul sartre
simone de beauvoir
albert camus
e jaques derrida

(por lord enigmatik)


post-scriptum:
obras recomendas para ir-se além:

-o contrato-social(de jean jaques rousseau)
-assim falou zaratrusta(de f. nietzsche)
-o ser e o tempo(de m. hidegger)
-o ser e o nada (de jean-paul sartre)
-memórias de uma moça bem comportada(de simone de beauvoir)
-o mito de sísifo(de albert camus)
-pensar a desconstrução(de jaques derrida)



««ÑËW_WΣЊ_»»

bertrand russel propôs II:

6. não uses o poder para suprimir opiniões que consideres perniciosas, pois as opiniões irão suprimir-te.

7. não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas.

8. nncontres mais prazer em desacordo inteligente do que em concordância passiva, pois, se valorizas a inteligência como deverias,
o primeiro será um acordo mais profundo que a segunda.

9. sê escrupulosamente verdadeiro, mesmo que a verdade seja inconveniente, pois será mais inconveniente se tentares escondê-la.

10. não tenhas inveja daqueles que vivem num paraíso dos tolos, pois apenas um tolo o consideraria um paraíso.



fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertrand_Russell#Dec.C3.A1logo

bertrand russel,filósofo e matemático galês propôs:

1-não tenhas certeza absoluta de nada.

2-não consideres que valha a pena proceder escondendo evidências, pois as evidências inevitavelmente virão à luz.

3-nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso.

4-quando encontrares oposição, mesmo que seja de teu cônjuge ou de tuas crianças, esforça-te para superá-la pelo argumento, e não pela autoridade, pois uma vitória dependente da autoridade é irreal e ilusória.

5-não tenhas respeito pela autoridade dos outros, pois há sempre autoridades contrárias a serem achadas.

sexta-feira, 19 de março de 2010

decisão

não almejo

como antes

formas

cores

e sons

em coluio

à perfeição


cansei de tolices

morreram sonhos

morreram ideais

morreram gestos

morreram modismos

acordei de enganar-me:

caminhos estendem-se!


não perco mais tempo

em preocupar-me

soprem aragens

de leste a oeste

não tenho motivo

para ter motivos


cansei de credulidades

a lua não precisa

nem um pouco

das pessoas de fé

seu brilho é livre

o lago é calmo

não há neles

nenhum fervor


não há outrora

nem amanhã

ainda assim:eu sou!

terça-feira, 16 de março de 2010

epitáfio



fim de noite
em minha vida de incertezas
amanhecerá e eu não terei o respirar
meu coração estará cego e sem dores
não sentirei mais nada
o dia majestoso me sufocará
com o lençol branco tendendo ao amarelo
dos girassóis a rirem dos heremitas
condenados aos cadafalsos de luz
fim de noite
em meus terríveis instantes
do que me servirão os gerânios?
do que me adiantarão os apitos do trem?
do que me servirão as delícias do café?
do que me adiantarão os finos perfumes
a completar-me o banho ocioso?
do que me servirão as folhas verdes
se elas não trarão nenhuma perspectiva?
do que me adiantará recordar a infância
se os pretéritos não iludem e não há sinos
por sobre a relva dos reflexos azuis?
fim de noite
as estações se foram e os corcéis
não pastarão à alba nem os rouxinóis
descerão à soleira da porta nem cantarão
sumindo à densidade dos pomares
porque o tempo(sabemos) não retorna jamais
deixarei por inssistência e alguma serenidade
meus escritos como legado em lírios de madrugada
antes os hipócritas e os abutres fervilhem ao derredor